Olá! Meu nome è Simone sou professora da Rede Pública Estadual e Municipal de Caxias do Sul. Atualmente, atuo no NTM - Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal de Caxias do Sul.
Ø Qual o produto anunciado? Qual a marca? Para que serve? Já usou alguma vez? Todos podem comprar esse produto? Você o compraria?
Ø Que personagens participam do anúncio? Gostaria de ser como algum deles? Quem? Por quê?
Ø Onde ocorre a ação? O que tem em comum o lugar e o produto anunciado? Que valores são evidenciados no anúncio?
Ø O produto é apresentado no início ou só no final? Há diálogo ou somente uma pessoa que fala? Ela aparece na tela ou somente sua voz em off? A mensagem é clara, explicativa, autoritária?
Ø Qual a frase mais importante do anúncio?
Analisando o telejornal
Atividade a) Criando e apresentando um telejornal ( 5 min) 1. Ler um jornal impresso e selecionar de duas a cinco notícias. 2. Estabelecer os critérios para essa seleção. 3. Redigir as notícias que serão narradas. 4. Imaginar que se destina ao grande público de TV aberta. 5. Apresentar o telejornal e registrar, filmando
b) Reflexão sobre o telejornal apresentado 1. Que notícias escolheu? 2. Como selecionou essas notícias? 3. Apresentam temas polêmicos, úteis, atraentes de grande audiência? 4. O que se aprende com o telejornal criado? 5. A que tipo de público essas notícias interessariam?
Analisando um Filme
ANÁLISE DO FILME: Leitura Temática
Ø Considera que o título escolhido pelo diretor tem relação com o que ocorre na história? Trocaria? Por quê? Por qual? Ø O que ocorre na história poderia ocorrer com você, seus pais ou sua família? Por quê? Ø Na vida real, as pessoas são como na obra? Compare os personagens com pessoas que você conhece? Ø Considera que há violência na obra? Que tipo de violência: física, verbal, outro tipo. Ø Enumere algumas manifestações de violência apresentadas no filme, relacionando-as a temas que poderão ser abordados em debates posteriormente. Ø Sintetize a história em uma frase. Ø Reescreva a história distorcendo a temática do filme, mas mantendo algumas características, como: título, locais onde se desenvolve a história, personagens...
Leitura Formal
Ø A câmara se movimenta, aproxima-se dos personagens? Afasta-se deles? Segue-os enquanto se movimentam? Ø Como são os personagens? Por quê estão vestidos assim? Ø Quais as cores mais freqüentes nas imagens? Você gosta? Por quê? Ø Havia música na obra? Que tipo de música? Era a mesma música o tempo todo? Quais as diferenças que havia? Ø Havia efeitos sonoros? Lembra de alguns? Por quê foram usados? Ø As imagens passam muito rapidamente ou muito lentamente? Ø A obra é longa demais? Curta demais ou está adequada? Ø Qual o gênero da obra: cômico, melodramático, fantástico, romântico, de terror, de ação, musical, de suspense? Ø Há produtos apresentados subliminarmente durante a exibição do filme? Que produtos? Que marcas? Ø Onde se passa o filme? Qual o idioma, vestuário, assunto, época, local? Ø Relacione as diferenças culturais apresentadas no filme (modo de falar, hábitos, costumes, vestimenta, comportamento, situação econômica, etc...) a outras regiões do Brasil. Ø Sintetize o filme transformando em uma história em quadrinhos. Ø Gostaria de ser como algum dos personagens? Como quem? Por quê? Ø Quais as imagens que mais lhe agradaram? Por quê? O ambiente físico era apropriado para a história, para a criação de um clima, para enriquecer os personagens? Mudaria alguma coisa do filme? O quê? Por quê? Ø Há no filme segundos ou terceiros temas que enriqueças a obra do ponto de vista dos conteúdos? Cite alguns. Ø Há valores éticos, morais, sociais, ideológicos, transmitidos explícita ou implicitamente no filme? Quais? Em que situações? Ø Que disciplinas ou conteúdos poderiam ser trabalhados através do filme?
Não é fácil ser pai e mãe de Power Rangers, Dexters, Superpoderosas e outras criaturas em que nossos filhos vivem se transformando. Tampouco administrar seus super-poderes e as hordas de seus inimigos que nos invadem a casa. O pior são as assombrações que nos visitam na hora de pôr a cabeça no travesseiro: será que eu deixo esse menino ver esses desenhos esquisitos? Essa menina agora quer resolver tudo no estilo Docinho "antes de dormir"! E aquela cena de sexo quase explícito na novela, será que já dava pra mais nova assistir? Somos, na maioria, pais e mães responsáveis. O mesmo, porém, não se aplica a produtores e emissoras de TV. Sem falar na atuação dos poderes públicos sobre o que é exibido para crianças ou sobre as concessões de canais. O que nos interessa aqui, porém, é como nós, pais e educadores, famílias e escola, nos posicionamos diante dos valores e ideologias difundidos via TV, games, sites, revistas, FMs "jovens" etc. Afinal, a formação de nossos filhos é responsabilidade nossa. Sem parâmetros éticos ninguém educa de verdade. Evitando moralismos, mas alguma moral, com alguma regra, tem de resultar da ética, isto é, do sistema de valores que orienta nossas escolhas e atos. Tal como nós, quando nossos filhos gostam de alguns programas (acham "sinistro", "irado!"), e rejeitam outros, estão fazendo escolhas, que são primeiramente estéticas, mas já indicam que eles identificam ou não algum valor ali. Um simples "feio" ou "bonito" ajuda a entender as expressões desses valores; a gente ensina isso cedo às crianças, dizendo "bonito (feio) isso que você fez", para informá-las se julgamos certos ou errados seus atos. Ora, violência, desonestidade ou consumismo fútil são partes da vida, e a mídia não poderia fingir que essas coisas (feias, suponho) não existem. Outra história é valorizar isso por meio de uma estética sedutora, que vai do vídeo à mochila escolar, cuja moral pode ser tornar natural que alguns problemas da vida sejam melhor resolvidos comprando algo ou na pancadaria. Tão natural bater no coleguinha que pegou minha bola quanto bombardear o Iraque porque pegou a bola dos americanos... Será que ninguém pensou: "que feios aqueles iraquianos bigodudos", ou "que maneiro o equipamento dos americanos"? Por dentro da sensação estética (achar bonito ou feio) em geral vai uma escolha: a ética, que estabelece as noções de valores e daquilo que é certo ou errado. Tudo isso é muito relativo: a Docinho pode despertar o senso de justiça, o Dexter o interesse pela ciência. Mas é fato que as mentes jovens são vorazes consumidoras de informações, pois precisam de modelos e de nutrição cultural para a construção do sujeito. Também é fato que, culpas à parte, nossas agendas nos impõem a correria doida da vida pós-moderna, quase pós-humana, forçando relações cada vez mais vividas a distância. E não há como impedir que nossos filhos fiquem muitas horas por dia na companhia de máquinas de entreter, que são sempre máquinas de ensinar. É aí que entra a mídia-educação, como intervenção cada dia mais importante no âmbito tanto da escola quanto da família. Entre outras coisas, ela visa permitir que o indivíduo construa sua autonomia como consumidor cultural. Já que as crianças irão desacompanhadas para a rua virtual da mídia, é importante nos assegurarmos que elas formem seus próprios filtros estéticos, orientando suas escolhas (de canal, de site etc.) por valores virtuosos, sabendo escolher aquilo que "nutre bem" suas cabeças. Crianças com padrões tão elevados de consumo cultural, contudo, são um sonho, distante muitos anos de trabalho da realidade. Trabalho que começa já, sabendo que educar assim é tarefa complexa em que escola e família combinam estratégias. Como tarefa de casa, nós pais temos: (1) o investimento cotidiano na formação de hábitos que guardam os valores que desejamos para nossos filhos; (2) a assistência em nossa companhia (e/ou conhecer bem o que eles assistem, mesmo que nos dê enjôo); (3) o estabelecimento de regras, de horários, de pode/não pode etc.; além de, (4) estarmos nós mesmos sempre elaborando nossa opinião sobre as coisas da mídia. Como tarefa escolar, nós educadores precisamos "refinar o paladar" de quem educamos: (1) atuando com estratégias para a melhor educação dos sentidos (olhar, ouvir etc.); (2) facilitando que conheçam produtos de qualidade; (3) usando metolodogias que incluam a comunicação multimídia; (4) analisando criticamente a mídia com eles; (5) colaborando com as famílias com informação e discussão. O fiel da balança, porém, é a qualidade da nossa vivência pessoal como cidadãos. Porque o ambiente socioafetivo da criança ainda pesa muito. E a maior contribuição à sua formação é o nosso próprio exemplo inspirador: sermos gente que consome, constrói e difunde cultura com rigor de critérios e com valores referenciais fortes. Sem esquecer que comunicação é diálogo, mas diálogo é quase sempre contraposição de perspectivas - convencer e deixar-se convencer. * Núcleo de Mídia-Educação/CSIComunicador Visual, Mestre em Educação; Coordenador do Núcleo de Mídia-Educação do Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro
Leituras recomendadas
Televisão e educação, de Joan Ferrés, professor da Universidade de Barcelona, foi editado no Brasil pela Artes Médicas, de Porto Alegre, em 1996. O enfoque da TV adotado no livro é abrangente e objetivo, estruturando-se em três grandes blocos: chaves para compreender o meio, chaves para educar no meio e propostas metodológicas para a análise de programas. O autor tem o mérito, de propor linhas relevantes de reflexão sobre o tema, sem perder de vista questões bem concretas e práticas. Assim, propõe aos professores critérios e instrumentos de trabalho bastante úteis. É a única obra pedagógica disponível em português que aborda especificamente a TV como objeto da educação escolar. Do mesmo autor, da mesma editora e do mesmo ano é o livro Vídeo e educação, que trata da integração do vídeo no processo de ensino/aprendizagem, sempre na dupla abordagem de reflexão e prática. Em Os novos modos de compreender – a geração do computador e da televisão, de Pierre Babin e Marie-France Kouloumdjian, publicado pelas Edições Paulinas: São Paulo,1985, os autores analisam com simplicidade e clareza as diferenças entre as linguagens verbal e audiovisual e as duas formas de percepção e atuação cultural que elas representam. Em Linguagem e cultura dos media (Portugal: Bertrand Editora, Venda Nova, 1991), em que Babin volta à mesma temática, de modo bem mais alargado e aprofundado. Para quem está começando a interessar-se pela TV, vale a pena ler Televisão, de Ciro Marcondes Filho, uma boa e instigante iniciação à TV. Trata-se de um paradidático da Série Pontos de Apoio (São Paulo: Scipione, 1994). Dois livros são, ainda, preciosos sinalizadores de rumo: A mediação pedagógica – educação à distância alternativa, de Francisco Gutierrez e Daniel Prieto (Campinas: Papirus, 1994) e, ainda no campo da Educação, A cabeça bem-feita – Repensar a reforma, reformar o pensamento, de Edgar Morin (Rio de Janeiro: Bertrand, 2000).
Mais referências bibliográficas MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988. MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2000. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 4. ed. Campinas: Papirus, 2001. PENTEADO, Heloisa Dupas. Televisão e escola: conflito ou cooperação?. São Paulo: Cortez, 1991. PORTO, Tânia Maria Esperon. A televisão na escola.... Afinal, que pedagogia é esta?. Araraquara: JM Editora, 2000. Publicações da Secretaria de Educação a Distância do MEC sobre Televisão, entre elas "Dois anos da TV Escola", TV na escola e os desafios de hoje, Educação do olhar, Revista TV Escola.
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